sexta-feira, 6 de abril de 2012

Problemas ruim pra cachorro

Um belo dia , Tadeu recebeu uma ligação da mãe do Tom convidando-o para um aniversario de 11 anos que iria ser no sitio deles e iria Fred, Ricardo, Léo, Tom, Gabriel, Tadeu e os irmãos de Tom: Guilherme e Matheus.
  Ao Tadeu chegar no sitio, viu seus amigos nadando na piscina, e logo se juntou a eles.depois de nadar bastante, resolveram jogar bola.Formaram três time de três pessoas.o primeiro time era formado por: Léo, Tadeu e Gabriel-o segundo era formado por:Ricardo, Fred e Tom-e o terceiro era formado por: Guilherme, Matheus e entrava um para completar.Estavam jogando bem, ate que Gabriel chutou a bola que foi parar no terreno vizinho, não se importaram, pois era só ir pedir a bola para os donos, mas o problema era que eles tinham viajados e deixado dois cachorros pequenos, mas bravos.Eles ficaram pensando em como distrair os cachorros para pegarem a bola, até que Tadeu teve a ideia de dar pão de queijo para os cachorros enquanto alguém pegava a bola.Todos concordaram com a ideia dele, mas o problema era que ninguém queria ir pegar a bola.Eles foram tirar na sorte,e sobrou para Guilherme.
 Tadeu, Léo, Tom e Ricardo, pegaram pão de queijo e foram dando para os cachorro enquanto Guilherme pulou o muro e pegou a bola.Mas ele se empolgou e quis brincar com  os cachorros, mas os cachorros não quiseram brincar e foram tentar morde-lo.Ele começou a correr até que conseguiu pular o muro e nos dar a bola.
 Depois do sufoco, nos votamos a jogar futebol,ate que Tadeu chutou a bola que foi parar no outro terreno, que também não tinha ninguém, alem de dois pastores alemães


quinta-feira, 5 de abril de 2012

Objetivo do blog

A leitura é fundamental para a nossa vida, além de ser uma das coisas mais prazerosas.O principal objetivo do blog é compartilhar atividades de literatura repassando essa forma de aprendizado através de poemas, biografias ,cronicas e muito mais.

         

Carlos Drummond de Andrade

  Carlos Drummond de Andrade nasceu em Itabira(MG)em 1902 e viveu com sua família na fazenda do pontal(Itabira).Fez os estudos secundários em belo horizonte em um colégio interno, onde permaneceu ate que um período de doenças levou-o novamente para Itabira.Aos 13 anos, conseguiu seu primeiro emprego, que não tinha nada a ver com o mundo das letras: foi balconista, e recebeu como pagamento um corte de casimira.Com 16 anos, foi estudar num colégio jesuíta como aluno interno em nova Friburgo(RJ).No inicio se destacou nos estudos ,mas um ano depois foi expulso devido a um desentendimento com a professora de português , fato que ele considerou uma injustiça durante toda vida.Assim voltou a Belo Horizonte.

        Confidência do Itabirano





    Alguns anos vivi em Itabira.
    Principalmente nasci em Itabira.
    Por isso sou triste, orgulhoso: de ferro.
    Noventa por cento de ferro nas calçadas.
    Oitenta por cento de ferro nas almas.
    E esse alheamento do que na vida é porosidade e comunicação.

   A vontade de amar, que me paralisa o trabalho,
   vem de Itabira, de suas noites brancas, sem mulheres e sem horizontes.
   E o hábito de sofrer, que tanto me diverte,
   é doce herança itabirana.

   De Itabira trouxe prendas que ora te ofereço:
   este São Benedito do velho santeiro Alfredo Duval;
   este couro de anta, estendido no sofá da sala de visitas;
   este orgulho, esta cabeça baixa...

   Tive ouro, tive gado, tive fazendas.
   Hoje sou funcionário público.
   Itabira é apenas uma fotografia na parede.
   Mas como dói!
   Carlos Drummond de Andrade



    Logo apos ser expulso de sua escola, fato que ocorreu em 1918, Carlos Drummond criou seu primeiro poema "ONDA"que foi publicado no Jornalzinho Maio.Em 1920 mudou-se com família para Belo Horizonte, no ano seguinte começou a publicar seus trabalhos no jornal diário de minas.em 1922 ganhou 50 mil réis por ter ganhado no concurso Novela Mineira pelo conto "Joaquim no telhado".

   Em 1923, buscando uma profissão, matriculou-se na Escola de Odontologia e Farmácia - desde criança ficava maravilhado com os vidros cheios de água colorida que enfeitavam as farmácias na época de sua infância. Concluiu o estudo, mas não se adaptou à profissão e não se interessava pela profissão de fazendeiro do pai e do avô.
 Em 1925 fundou junto com Emílio Moura e Gregoriano Canedo, "A Revista", órgão modernista em que foram publicados somente três números. No mesmo ano casou-se com a senhorita Dolores Dutra de Morais. 

      PRAÇA DA ESTAÇÃO DE BELO HORIZONTE



    Duas vezes a conheci: antes e depois das rosas.
     Era a mesma praça, com a mesma dignidade,
     O mesmo recado para os forasteiros: esta cidade é uma
     promessa de conhecimento, talvez de amor.
     A segunda Estação, inaugurada por Epitácio,                                            
     O monumento de Starace, encomendado por Antônio Carlos
     São feios? São belos?
     São linhas de um rosto, marcas da vida.
     A praça da entrada de Belo Horizonte,
     Mesmo esquecida, mesmo abandonada pelos poderes públicos,
     Conta pra gente uma história pioneira.
     De homens antigos criando realidades novas.
     É uma praça - forma de permanência no tempo.
     E merece respeito.
     Agora querem levar para lá o metrô de superfície.
     Querem mascarar a memória urbana, alma da cidade
     Num de seus pontos sensíveis e visíveis.
     Esvoaça crocitante sobre a praça da Estação
     O Metrobel decibel a granel sem quartel
     Planejadores oficiais insistem em fazer de Belo Horizonte
     Linda, linda, linda de embalar saudade
     Mais uma triste anticidade. Carlos Drummond de Andrade

Em 1926 ensina Geografia e Português no Ginásio Sul-Americano de Itabira. Volta para Belo Horizonte, por iniciativa de Alberto Campos, para trabalhar como redator-chefe do Diário de Minas. Heitor Villa Lobos, sem conhecê-lo, compõe uma seresta sobre o poema "Cantiga de Viúvo".Em 22 de março de 1927
nasceu seu filio Carlos Flavio,porem não resistiu e viveu meia hora apenas. no dia 4 de março de 1928, nasce sua filha Maria Julieta, quem se tornará sua grande companheira ao longo da vida. Publica na Revista de Antropofagia de São Paulo, o poema "No meio do caminho", que se torna um dos maiores escândalos literários do Brasil. 39 anos depois publicou "Uma pedra no meio do caminho - Biografia de um poema", coletânea de críticas e matérias resultantes do poema ao longo dos anos. Torna-se auxiliar de redação da Revista do Ensino da Secretaria de Educação.em 1934   Voltou a ser redator dos jornais Minas Gerais, Estado de Minas e Diário da Tarde, simultaneamente. Publica "Brejo das Almas" em edição de 200 exemplares, pela cooperativa Os Amigos do Livro. Muda-se, com D. Dolores e Maria Julieta, para o Rio de Janeiro, onde passa a trabalhar como chefe de gabinete de Gustavo Capanema, novo Ministro de Educação e Saúde Pública. Com mais de 80 anos e uma vida cheia de histórias, Carlos Drummond mantinha o gosto pelas coisas mais comuns, como andar a pé, comer chocolate, folhear livros ilustrados, brincar com crianças pequenas e desenhar.
   No 31 de janeiro de 1987 escreveu seu último poema, "Elegia a um tucano morto" que passou a integrar "Farewell", último livro organizado pelo poeta. Ele foi homenageado pela escola de samba Estação Primeira de Mangueira, com o samba enredo "No reino das palavras", que venceu o Carnaval 87. No dia 5 de agosto, depois de 2 meses de internação, falece sua filha Maria Julieta, vítima de câncer. "E assim vai-se indo a  família Drummond de Andrade" - comenta o poeta. Seu estado de saúde piorou. 12 dias depois faleceu o poeta, de problemas cardíacos e é enterrado no mesmo túmulo que a filha, no Cemitério São João Batista do Rio de Janeiro. O poeta deixou obras inéditas: "O avesso das coisas" (aforismos), "Moça deitada na grama", "O amor natural" (poemas eróticos), "Viola de bolso III" (Poesia errante), hoje publicados pela Record; "Arte em exposição" (versos sobre obras de arte), "Farewell", além de crônicas, dedicatórias em verso coletadas pelo autor, correspondência e um texto para um espetáculo musical, ainda sem título. Edições de "Moça deitada na grama", "O avesso das coisas" e reedição de "De notícias e não notícias faz-se a crônica" pela Editora Record. Edição de "Crônicas - 1930-1934". Edição de "Un chiaro enigma" e "Sentimento del mondo", Itália. Publicação de "Mundo Grande y otros poemas", na série Los grandes poetas, em Buenos Aires.





quarta-feira, 4 de abril de 2012

As perolas

de Carlos Drummond de Andrade adaptado por Felipe Campolina
A perola foi encontrada
num pacote de açúcar
Renata ficou doida
com essa coisa maluca
queria outras perolas
para um colar montar
começou a procurar
mas não conseguiu achar
quando fez um arroz doce
e a menina provou
ela não aguentou
pois mordeu um caroço
e o dente quase quebrou
então quando cuspiu
uma perola achou
a mãe não devolveu
pois queria um colar
mandou encomendar
arroz doce toda semana



Pescadores

de Carlos Drummond de Andrade adaptado por Felipe Campolina
hoje é domingo
pede cachimbo
cachimbo e de ouro
bate no touro
o touro é valente
bate na gente
agente é fraco
        ...
vamos pescar
"tem peixe no mar "
"então vamos pra la!"
naquele lugar
peixe não tinha
barbudos chegaram
câmeras,peixes e todos desembarcaram
"curtindo a vida"
"esquentando a curinga"
"podemos filmar"
"que dia vai para o ar"
"quinta, orário nobre"
"não temos peixes"
"mas nos temos"
"vão nos emprestar?"
"não,com ele vamos dançar!"
mas a grande surpresa
foi que na quinta feira
eles ligaram a televisão
e aparecia um bobão
o barbudo falava dos quatro folgados
pescando em dia útil mas eram quatro inutios    
desligaram a TV
pois não queriam mais ver
como era possível
um dia tao horrível

A melhor opção

de Carlos Drummond de Andrade adaptado por Felipe Campolina
qual o melhor investimento
é ouro ou é cimento?
Fernando falou "é ouro"
então ele foi investir!
que tal uma dentadura de ouro
pra que?
para ele sorrir!
a situação se inverteu
e o medo veio
não tinha mais conforto
graças ao medo do roubo
quando uma mulher viu
logo sorriu
pela a dentadura se apaixonou
e em uma bela noite
ela o furtou, fugiu
e a dentadura sumiu!